segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

|Ser Mãe in Inspirada 16.08.2013

Ser mãe provoca me os sentimentos mais ambíguos, e possíveis de se sentirem e variarem em fracções de segundos.
É um autentico "rappel" de emoções.
Todos os dias variam entre momentos de pura alegria e felicidade para os maiores medos, sustos e preocupações. Ufa que é desconcertante tanta emoção quase em simultâneo!
Direi até que existem momentos de alguma insanidade ainda que saudável ela está lá, tanto de excesso de amor e afectos como de aflições constantes...
Ser mãe provoca dúvidas, embaraços, inseguranças, responsabilidades...
Quem não se questiona num final de dia que a atenção dada foi pouca? Que talvez não se tivesse alimentado o suficientemente, que pode não ter bebido muita água e até estava calor, que ontem não comeu sopa, que comeu muitos doces, que se deitou tarde, que e que e que....
Raios partam os quês da maternidade!
Tanto rimos de felicidade e amor incondicional como a seguir trememos com algum disparate na hora errada, uma resposta mais azeda, uma falta de educação ou um desabafo menos acertado frente a um conhecido.
Questionamo nos se  fazemos o nosso melhor, se damos tudo!
Dávamos a nossa vida (a cada minuto) pelos filhos, somos abençoados com estes anjos que nos escolhem para seus pais...mas no fundo vivemos numa imensidão de receios, de frustrações, revoltas e afins por situações adversas que interferem com aquilo que nos é mais precioso.
Não existe outro Amor. Este é o Amor. Aquele que não tem fim. 
O tal que nos arrebata incondicionalmente e, nos entrega a vida nas mãos e nos tira cada sopro de ar.
Suamos a cada dia a incerteza da realidade que existe fora no "núcleo". Fora do nosso alcance, fora do nosso campo de visão.
Bolas que medo!
Ter de ir cortando (não cortando é leve demais) -dilacerando- lentamente as amarras com os nossos filhos para irem voando aperta, e põe alerta todos os filamentos nervosos que existem num corpo que ama um filho.
Amamos assim num todo, cada pedacinho, cada dedo, unha, dente, cabelo...tudo! Bolas que é mesmo tudo!!!
E eles vão crescendo e o "cordão" cada vez se torna mais fino...faz parte eu sei do crescimento de ambos, o meu e o dele...
Olhar o meu filho enquanto dorme parece me uma meditação genuína.
Sorrio de uma forma leve e tão sinceramente apaixonada que quase me cai uma lágrima por tanto amor... tanto que de um suspiro surge um embargo de um soluço que me pode fazer chorar.
Que amor tão bom...
Por cada dúvida, receio, culpa por tudo e por nada, existe equitativamente um sorriso, um beijo, um abraço, uma gargalhada, uma piada, uma conversa, uma dança, um saltar na cama de mãos dadas, cantar aos berros, rir quando queremos ser sérios a tentar educar, existe a cumplicidade de um amor desenfreado.
E...a cada vez que te olho filho neste silêncio de uma beleza indescritível, este amor cresce e alimenta a minha vida, a minha alma e o meu ser como se sem ti deixasse de respirar.
Bolas que é tão bom ser tua mãe!

É Amor (ponto final) ❤

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