quarta-feira, 24 de junho de 2015

Amor amor amor

Todos os dias vejo e leio artigos relacionados com amor, relacionamentos, querer, ter e dar amor.
O amor não se acha, não se procura. O amor acontece!
Quando menos esperamos até quando menos queremos ele bate-nos à porta do coração.
Não existe maior amor que o que devemos ter por nós próprios.
O maior respeito.
A maior certeza que sozinhos somos capazes e felizes.
Que vivemos com o nosso silêncio tranquilamente, em paz.
Existe um role de pseudo relacionamentos descartáveis, porque efectivamente não existe amor.
Amor exige dedicação, partilha exige de nós.
E, hoje a maioria somos egoísta.
Se não dás eu também não dou!
Se não fazes eu também não faço!
Se não queres eu também não!
E nesta luta de costas viradas, do empurra, e sem amor, vivem os relacionamentos descartáveis.
Para mim o amor hoje em dia tem outro sabor.
Já não palpito como uma batata frita à espera do beijo prolongado...palpito com uma conversa em que sei que me entendem, e que num carinho, e uma gargalhada tudo faz sentido.
A vida a dois é uma aventura. 
O beijo prolongado, como a união dos corpos faz parte, está implícito, mas não deve ser o único sustento ao amor.
Temos de ser flexíveis, ponderados, compreensíveis, dedicados, amigos, companheiros...pacientes...
Amar só "me" faz sentido nesta plataforma de partilha, de troca de sentimentos e acções. Dar e receber tem de ser cíclico. Equilibrado.
Os corpos elegantes e majestosos desaparecem, o fogo da paixão esmorece e se ao nosso lado não tivermos quem nos ame por dentro, pelo que somos, pelo que damos, seremos infelizes. E, não existe maior solidão que aquela que sentimos quando estamos acompanhados.
O amor do outro deve alegrar-nos e ser um complemento, não uma necessidade. 
O amor na forma empírica de necessidade, depressa se torna doentio, depressa acaba.
O amor não deve anular o outro.
Não deve retirar amigos.
Não deve nem pode anular carácter.
O amor deve estimular ao que nos faz bem, o que nos faz felizes.
Equilíbrio.
Amor só faz sentido se for sentido e querido.
Partilhar, amar, conversar, namorar, rir e sorrir, respeitar, querer, dar e receber. Isso é Amor!



terça-feira, 19 de maio de 2015

|Barreiras

A vida dá voltas.
Tira nos a rota.
Empurra-nos por vezes em caminhos longos.
Tira nos de cruzamentos
E de pensamentos que as vezes não queremos ter, ver ou sentir.
Sou forte, de emoções, de empatias, de criar laços 
De coração na boca
Mas por vezes os encontrões levam-nos a deixar de acreditar 
Criando proteções, muros altos.
Porque não queremos sofrer de novo, não queremos deixar a nossa paz. O nosso bem estar alcançado.
A tranquilidade conquistada.
O sossego de uma família que é efectivamente feliz.
Mas, 
Mas por vezes enganamos-nos 
Outras precipitamos-nos 
Refinamos o gosto
Aumentamos o grau de exigência
E quando achamos que não é possível 
Surpreendentemente mesmo não querendo ver
Alguém quer ficar, permanecer, estar, ficar, ser a nossa vida
Determinadamente
De forma suave
Leve
Com jeito 
Com carinho
Com mimo
E
Às vezes, só mesmo às vezes temos que acreditar
Temos de deixar acontecer
Temos de abrir portas e janelas
Agora que te deixei entrar espero que seja para ficar


terça-feira, 14 de abril de 2015

|um momento

Há dias e dias...
Dias em que me apetece fechar me só comigo.
Longe de pensamentos, longe do mundo.
Escutar me só a mim...
Num silêncio que fala comigo.
Há dias de cansaço que exigem retiro.
Hoje estalava os dedos, e fugia dos pensamentos, das obrigações, das responsabilidades, nem que fosse só por um momento.
Dias em que o sol, ou a chuva não se sentem.
Dias que só me sinto!
Dias que não são dias.
Dias em que tens de parar.
Respirar, hoje, seria suficiente.
Dias em que recuar no tempo seria primordial, castelos e gatos falantes, poções mágicas, ficar pequena e cruzar um outro mundo de ilusão, onde há sempre amor e está sempre sol!
A vida devia ter um botão de emergência.
"Usar só em caso de emergência"
Planar noutra dimensão, sentir a leveza do corpo e da mente. 
Sem cobranças, sem dúvidas, sem porquês.
Hoje queria esse botão, por instantes, por um momento.
Amanhã será certamente diferente.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Post para Adultos

Afinal o que queremos?
Falo com amigas, falo com mulheres, resolvidas, trabalhadoras, lutadoras, mães ou não, mas mulheres capazes, Mulheres de bem com a vida, e oiço o mesmo de todas, procuramos um Amigo.

Vivi 18 anos numa relação da qual tenho a melhora dádiva, o meu G, a luz da minha vida, a minha maior preocupação, e o maior motivo dos meus cabelos brancos.

Uma relação que não acabou bem, numa relação onde deixou de haver partilha, deixou de se conversar, deixou de se amar, e assim de um dia (quase) para o outro se chega ao fim.

Penso que provavelmente nada dura para sempre, nada é efêmero.

Vivi, sofri e aprendi desses anos passados e tirei certezas que (vá) praticamente considero dogmas!

Jamais deixarei de me preocupar comigo em primeiro lugar, com o que eu quero, com o que eu gosto, com aquilo que me faz bem, com os objectivos que quero e que vou alcançando.

Jamais deixarei de estar, fazer ou ser aquilo que sou. 

Jamais abdicarei de uma amiga, de um café, de duas horas de telefone, de gargalhadas recheadas de amor e cumplicidade!

Jamais serei uma empregada de limpeza, uma cozinheira, empregada de escritório, estafeta, psicóloga, enfermeira, moça de recados, sem ser devidamente remunerada, com Amor! Com partilha!

Jamais permitirei que alguém esteja comigo e não me faça rir. Muito!

Que diga que me Ama!
Que me demostre mais do que me diz que me Ama, que vivemos em sintonia e partilha.
Que somos amigos e amantes na cama.

Queremos um amigo, que nos cuide, e queremos cuidar, queremos dar e receber Amor, dar e receber!
Dar e receber!
Mimos.
Fazer uma cama.
Cozinhar com paixão entre beijos e apalpões escondidos numa cozinha onde se dança.

Queremos quem nos ouça, quem tente entender.

Que respeite e se faça respeitar, que se dê ao respeito.

Que só tenha olhos para nós, mas que não seja ridículo de deixar de olhar para o que deve ser visto.

Que ame os nossos filhos e que nos cative com pequenos gestos de preocupação.

Que entenda a nossa profissão e não nos julgue por sermos e amarmos aquilo que fazemos.

E que nisto tudo nos arrebate beijos.
Que saiba tocarnos no corpo mas que nos dispa a Alma.
Que nos agarre de paixão.
Que seja precisamente aquilo que se exige de um homem, que nos dê prazer infinito, que nos faça revirar os olhos, arfar de impulso e querer aquilo e só aquilo, todos os dias, cada vez mais!

Que o Amigo seja companheiro, seja amor seja amante seja surpresa, e que a mulher seja louca, despida de preconceitos, boneca todos os dias e doce na entrega.
É isso!

Não queremos barrigudos. Cheios de vícios, manias e problemas de consciência, problemas mal resolvidos com anteriores relacionamentos, agarrados a garrafas de cerveja e a copos de whisky e que pararam no tempo, ainda ouvem Mafalda Veiga e pensam em tempos que passaram há séculos!

Eu quero cantar e dançar!
Quero ver o mundo.
Quero nadar nua num mar azul cristalino com temperaturas quentes!
Quero ler ainda mais...quero sonhar ainda mais!
Quero concertos!
Quero conhecer pessoas!
Provar e saborear iguarias.
Quero e vou.
Quero e sou!
Que a minha insustentável independência seja repleta de partilha por alguém genuíno, cheio de amor para dar, que me deixe voar, sem me prender que eu volto porque sei onde sou feliz!



domingo, 15 de março de 2015

|Querer de novo


Recomeçar implica sempre coragem. 
Paciência, e determinação.
Essencialmente vontade.
Vontade, que não sei se tenho. Se quero.
Recomeçar ou iniciar um percurso.
Iniciar um novo amor.
Devo começar por saber se quero um novo amor. 
Se tem lugar na minha vida.
Se existe disponibilidade.
Se tenho agenda para marcadores cor de rosa.
Todo um processo novo de reconhecimento de terreno.
O que gosto, o que não gosto, como gosto. 
Explicar tudo de novo.
Ensinar.
Referir.
Memorizar.
Sabes que gosto de branco.
Sabes não gosto que me toquem no rosto.
Sabes gosto de dormir sozinha e nem por isso te amo menos.
Sabes preciso do meu espaço.
Do meu tempo.
Do meu ar.
Preciso de risos que são o ar da minha Alma.
Preciso de liberdade.
Preciso de ser eu.
Sempre eu.
Todos os dias.
Não quero ser de mais ninguém.
Sou só minha.
Não quero que sejas meu.
Não quero alterações, esforços, não quero obrigações.
Quero leveza de amor, de espírito e da alma.
Partilha simples.
Não quero ter de explicar o que sinto.
Não quero explicar principalmente o que não sinto.
Seria fácil se nos lêssemos no olhar, num abraço, num beijo longo e quente.
Os beijos falam. 
Ensinam e dizem coisas importantes.
E eu, antes do beijo como te sei?
Como me sabes?
E o tempo passa. 
E a vontade parece me pouca. 
Quando queremos fazemos acontecer, quando não sabemos esperamos pelo tempo. 
Que siga caminho, e deixe espaço, para que possa fluir, aquilo que não sabemos que pode acontecer.
E eu não sei, sequer, se quero, que aconteça!
Voltas e mais voltas e a vida volta ao mesmo.
Voltas que dou e só me encontro em mim.
Em mim que sei como sou. Do que sou feita. 
Que não preciso de me explicar.
Sei me. 
Iniciar será mais fácil que recomeçar?
Recomeçar já leva aprendizagem,mas pode carregar notas negativas. Pensamentos inseguros. 
Amores desfeitos.
Querem te dar o mundo e não percebem que tu já o tens. 
O teu.
Não quero o mundo de ninguém.
O meu basta me.
É meu, e nele vejo o que amo.
Vive só quem quero. 
Respiramos do mesmo ar.
Preciso do mar. 
Ele sabe me.
Dá me respostas. 
Ouve me e nada me pergunta.
Não tenho vontade. 
Sabes, gosto do Sol.
Do quente.
Da areia.
De silêncio no mar.
E ter de explicar tudo de novo...não sei se consigo.
Não sei se quero.
Lê me só com o olhar pode ser?

quarta-feira, 11 de março de 2015

Tu cá tu lá ou 3ª pessoa!



"Olha lá, desde quando é que tu e o teu filho se tratam por você?!!!! "

Perguntaram me hoje.
Desde nunca. 
Pois eu e o meu filho não nos tratamos por você.

Acontece de forma descontraída. Sem obrigações. Sem marcas. Quando queremos.

Que fique claro que não acho que tratar ou ser tratado pelos filhos ou por quem quer que seja por "você", uma referência a pedantismo.
Cada um trata como acha que faz sentido. E não é o "tu" ou o "você" que dá ou tira respeito.

O G trata me na grande maioria das vezes por "tu" mas não tolero um TU expressivo, soa-me mal.
Não gosto. Ponto!

Quando se refere a mim sou "a mãe" é "a tia", "o pai" e por aí diante!

Quando quer alguma coisa (tem graça) sim, trata me na 3ª pessoa. Nunca o obriguei. Nunca achei que me respeitava mais ou menos por isso.

Somos cúmplices, dizemos disparates mas principalmente amamos-nos incondicionalmente.

Não tem a ver com pseudo "tias" do Restelo, ou de um apelido "do Espírito Santo Sá e Cunha", mas por que soa melhor.
Tenho imensas amigas e familiares que tratam ou se tratam por "você" nunca me fez confusão. Trato por tu, e por você e não deixo de ser a mesma pessoa! De dar o mesmo.

Sinceramente, este assunto não me incomoda, é me linear. 

Já o dar só um beijo, enerva me.
Gosto de beijos. Gosto de abraços.
Gosto do toque.
A um só beijo, quase prefiro um aperto de mão.

Não gosto de crianças mal educadas, por tu ou por você. 
Que berram. 
Que não sabem estar.
Que não pedem "por favor" e não sabem dizer "obrigada".
Que não sabem agradecer com um olhar.

Irritam-me os pais que educam mal educados. Frios e petulantes. Sejam tratados por tu ou por você.

Irrita-me ir jantar, e ter de ouvir berros, guinchos e birras quando tirei o dia ou a noite, abri a carteira para ter umas horas de sossego e degustação.

Sou mãe e nunca deixei que acontecesse.
Não sou, nunca fui, nem serei imune a miúdos mal educados e a pais com surdez selectiva.

Incomoda-me crianças que não gostam de animais.
Que não partilham.

Tratem lá as vossas crias como quiserem, fazendo parte ou não daquilo que acham correcto, mas principalmente ensinem a Amar e a ser grato. Todos os dias! 

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Memorias

 Reter na mente, no consciente e no inconsciente:
O melhor da Vida é apaixonarmo-nos pelos momentos!
Repetir sempre que necessário!
Fechar os olhos e processar os momentos em que por algum motivo nos apaixonámos pela vida!
As memórias são, e serão aquilo que nos mantém à tona. Que nos impulsiona. Que nos obriga a continuar.
Recordar é viver.
Amar é conjugar a felicidade a cada despertar.
O que levamos é amor, são recordações e energias positivas de memórias de momentos que nos marcaram. Isso é Amor ❤️

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

|Amei te demais

Afinal amei te demais!
Ás vezes apercebo me que amei demais. 
As poucas vezes que amei foram demais. 
Sou violenta no Amor.
Só sei amar muito.
Nunca amo pouco.
Pensar que amamos muito é quase como achar que um dia fomos à lua.
Estive na Lua e deixei a marca de um amor pensado infinito.
Mas afinal foi mais um amor. Foi só mais um. 
Não quero voltar a amar muito. 
Quero só amar.
Tranquilamente.
Será possível amar leve?
Isso lá é amor...isso é só gostar.
Gostar é leve, é tranquilo...é doce!
Amar é violente.
Amar implica a Alma.
Dar a própria Alma.
Entregar o coração "E A ALMA" despidos, no oculto.
Num caminho que nem é nosso.
Que não conhecemos.
Em que estamos perdidos...de Amor à espera que nos dêem a mão.
Um caminho perigoso. Tão cheio de emoções puras e genuínas. Tão fortes. 
Amar dói!
Amar é sorrir e chorar.
Amei te tanto...
Que amor carregado de paixão.
Que emoção!
Que amor me arrancas te que não voltou mais.
Perdi me no teu amor e não voltei a encontrar me.
Amei te tanto...amo te tanto.
Quando se ama violentamente nunca (repito alto "nunca") se deixa de amar. Amamos sempre!
Fica sempre guardado nem que seja no sonho esse amor.
Jamais se esquece.
Eu até gostava de voltar a amar mas tu levas te me no caminho, no instante que te larguei a mão.
E não voltei. Nem o Amor.
Quero perder me no Amor.
Quero entregar e dar o corpo, nu, desprovido de matéria, só com amor!
Amar é amar com o corpo!
É sentir o corpo do outro no teu, encaixado na perfeição, numa dinâmica perfeita, certa, onde...até lágrimas de amor podem cair. Lágrimas de amor que dói.
Amar muito doí. 
Porque não tens espaço.
Não tens corpo que aguente tanto amor.
Sentes que vais explodir de Amor.
Que sentimento absolutamente pertinente é esse quando sentes que o Amor não cabe em ti.
Eu eu amei te violentamente.
A cada beijo.
A cada troca de corpos quentes, pesados, amarrados num Amor.
Amar violentamente faz de mim o que sou. Violenta no Amor...cheia de emoções. Amor para dar. Corpo para sentir. Alma para receber...
Amei te tanto...amo me tanto! 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

|14 de Fevereiro

Dizem que é o dia dos enamorados.
O dia de comemorar o amor.
Não será esse dia todos os dias.
O amor tem muitas formas.
Amar não tem sexo, nem tamanho.
Vejamos, o dito cúpido aparece em forma de anjo. E os anjos não têm sexo.
Por isso o Amor é sempre um sentimento geral. Que pode e deve chegar a todos.
Sob diferentes formas, mas sempre com a certeza de que esse sentimento é igual em qualquer parte do mundo em qualquer língua.
É uma palavra do mundo e deveria ser o sentimento do mundo.
Seriamos mais felizes se amássemos mais. Se nos amássemos mais para podermos amar os outros, e deixar que os outros também nos amem.
Por isso acho que este dia não faz sentido, assim como o dia da mãe, do pai....esses dias são to-dos-os-di-as! Sem excepção!
Ponto final parágrafo!
Depois vem a parte ridícula do Dia dos Namorados, que é diretamente associada ao consumismo!
Se é para Amar que seja com paixão, com fogo, com partilha, com entusiasmo, sem pudor...
O dia que receber umas flores com verdura, em papel marchet todo ele com purpurinas e uma caixa de chocolates... a coisa vai correr mal...muito mal!
Odeio arranjos de flores. 
Verdura...Joaninhas...corações e ursinhos de peluche! 
Almofadas a dizer Amo te!!!
Gosto de tulipas. Vindas simples até do supermercado. Gosto de frésias frescas do campo...mas a maioria dos machos não as conhece!
As rosas encarnadas são o cliché do dia!
Se forem rosas, que sejam brancas e vietnamitas.
Se forem chocolates, que sejam belgas, gourmet...escolhidos com rigor!
Que seja o que for, mas que não seja só neste dia. Nos outros dias, acreditem que tem outro sabor. Não sabe a obrigação. 
Não parece formatado.
Todos os dias devemos revelar o nosso amor por quem o merece.
Porque o amor tem tantas formas, amar um ou uma companheiro(a) , um filho, um amigo, um animal de estimação...todas as formas de amor são possíveis desde que sejam mesmo só amor, sem qualquer desvio de doença, alienação ou paranóia.
Amar de forma descontraída.
Natural!
Como quando mergulhamos no mar.
Sem medo. 
Assim devemos amar, mergulhar no amor de forma descontraída, livre, leve e com entusiasmo.
Já tive amores da vida e tenho um Amor para a vida.
Esse Amor é o incondicional. É - O Amor!
Já tive amores doces, amores loucos, amores perdidos e já me perdi no amor.
Já pensei que morria de amor.
Já amei quem nunca imaginei.
Mas o amor constrói se, aprende se. O amor tem de se ganhar e dar.
É a metáfora a uma obra. Temos de acimentar, ter alicerces, paredes, janelas, telhado, esgotos, água, aquecimento, gás, refrigeração...impermeabilização, rutura térmica...vejam como tudo o que investimos numa casa é metaforicamente possível no amor, numa relação. Se faltar alguma das estruturas não é confortável. Vai ser fria, vai ter humidade, vai entrar água...vai ruir!
Por isso criem raízes e bases sólidas.
Sejam genuínos e verdadeiros.
Não digam que amam quando só gostam, porque gostar também implica amor, e amar implica gostar, mas Amar é Amar com tudo o que a palavra assiste.
Eu amo. Amo muito. Amo demais. Só sei amar assim. Amar tudo!
Se não amamos tudo não é Amor!
E se não o fazem todos os dias, então que seja hoje. 
Amem se muito!
Deiem e recebam.
Valorizem e aceitem.
Respeitem.
Partilhem.
Amar tem de ser sentido, e só faz "sentido" quando primeiro nos amamos a nós próprios, ninguém sabe amar o outro antes de se amar a si.
Feliz Dia do Amor partilhado, só assim este dia faz sentido para mim, hoje, e todos os dias!




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

|Mãe corredora

Que corrida!
Que semanas estas, cheias de carga emotiva, carregadas. E nos momentos que tens de dar de ti, precisam de ti, aqui, ali, num outro corpo, num outro coração.
Não pode ser leve. 
Tem de ser tudo ao mesmo tempo.
Não pode ser devagar.
Tem de ser tudo à bruta.
Corre! Corre e não pares. Não pares!
Deve ser neste momentos, em que nos põem à prova, que "supostamente" ficamos mais fortes, será? 
Toca o apito e saltamos na corrida. Lá vamos nós. Sem parar. Estafetas ou não mas temos de chegar, ás vezes nem sei bem onde, mas continuamos!
Semanas intensas de picos de adrenalina, de perda, de ansiedade, de testes, de estudo, de trabalho, de um ritmo que não dá nem deu para abrandar, quanto mais parar!
Depois, no meio do turbilhão dos sentimentos, seguem se as dúvidas, os anseios de mãe...será que foi suficiente, será que conseguiu...
Tanta luta, tanta corrida!
Ser mãe é ser corredora profissional e por vezes ter a certeza na consciência que nem um mísero centímetro andamos.
Somos mães, mas parecemos máquinas! Altamente programadas!
Sofremos, choramos mas continuamos, a cuidar, a cozinhar, a comandar o dia. Vai buscar, vai levar...
Num sopro, ser mãe é um sopro. 
No silêncio da noite pode vir a lágrima, a saudade, o desabafo em monólogo, ser mãe é ter banhos demorados, quentes, onde apenas lavamos a alma e escondemos o choro.
E num instante, sem esperar vem um abraço e uma conversa tão genuinamente pura de amor, onde em pequenas patetices percebemos que afinal somos boas mães. 
De que me vale, só o bom aproveitamento se o que a vida ensina serei eu a dar, a mostrar, eu e os que nos são próximos. 
A família, os amigos do coração. Perceber o bem, identificar o mal.
A cada dia, ensinar que sermos genuínos faz a diferença.
Ensinar com amor é educar com o coração.
Com a certeza que deixamos um legado, que plantamos uma semente, e que dela venham frutos doces. Que cresçam crianças que sejam homens e mulher de valores. De carácter. Honestos. De braços levantados e mangas arregaçadas. E que nunca esqueçam a criança que existe dentro de cada um de nós.
Não desisto!
Não desisto dos meus sonhos, nem dos teus filho.
Não desisto do que acredito.
Não desisto de quem amo. Não desisto do amor, da verdadeira amizade. Dos valores que aprendi, e que contigo partilho.
Não desisto nem de quem um dia amei, porque aprendi, tracei caminho e segui.
Todos os dias a vida nos dá e nos tira.
Todos os dias tiro notas, faço escolhas, aceito as escolhas e sorrio focada no meu caminho.
O dia que desistir de sonhar, já não estarei neste plano.
Ser mãe é viver estupidamente feliz numa angústia constante. De dúvidas, de medo. Medo de perder o amor, o único amor incondicional.
É amar sem saber do retorno.
É ler nas entrelinhas.
É ser grata num abraço.
Num sorriso rasgado, num chamar de mãe melado.
Ser mãe é correr todos os dias.
Corremos tanto. Suámos. Muito! E muitas vezes com consciência de ter ficado no mesmo sítio.
Ser mãe é dar. 
Amar, amar e amar.
É ter a certeza que lutamos pela felicidade, pelo aconchego, pelo sentido da palavra lar, família, amor, partilha, amizade, respeito.
Ser mãe é ser palhaço real. 
Ter vontade de chorar e sorrir.
Ter vontade de dormir e dançar.
Não ter fome e cozinhar, com amor!
Porque não é só cozinhar é alimentar!
Ser mãe é profissão!
É duro!
É acreditar. É ter fé no que damos todos os dias.
E, hoje mais uma noite que te aconchego a roupa, e sorrio, e suspiro, de amor, porque aprendes o que te mostro de mim, rápido, que me conheces ás vezes melhor que eu, que aceitas, tiras as tuas conclusões e segues caminho. Já percorrido por ti, de mãos ainda dadas comigo. Que olho para ti e sei que sim, que faço o melhor que sei, e que sei que estamos ambos a fazer um bom trabalho. Que trazes em ti cravado o melhor de mim.
Que ambos tentamos todos os dias sermos mais e melhores.
Que mesmo todos os dias, do acordar, ao ir levar, buscar, falar, ralhar, sorrir, rir, cantar, estudar, comer...todos os dias sem excepção o amor cresce.
O amor de uma mãe cresce todos os dias!
Todos os dias!
Todos os dias!
Todos os dias! 


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

|Estados

A felicidade são momentos mágicos, leves, puros...genuínos!
Estados de Alma. 
Estados de Paz.
Estados de riso.
Na felicidade e na dor marcamos a memória. 
Na memória levamos tudo aquilo que queremos recordar, e tudo aquilo que queremos evitar.
Grata pelos momentos em que sou inundada de felicidade, de magia e de amor, nem que seja num abraço, num beijo, numa palavra ou num raio de sol.
O verão vai voltar, o sol vai ajudar, a areia atenuar, os banhos de mar purificar e as conversas amigas, as palavras ditas, os olhares cruzados mimam aquilo que por vezes não se vê!
Grata pela vida ❤️

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

|Perder ao Amor

Doí me o Amor...
Hoje doí e vai doer.
O tempo ajuda...dizem-me.
Eu sei.
Ó se sei.
Mas trás a saudade.
E aos poucos a voz fica leve na memória...
Aconteceu com o meu pai.
Um dia ouvi lhe a voz. Chorei perdida, pois a voz que tinha na memória já era leve. Ouvia-a longe, mas pensava-a perto.
Quando ouvi, numa gravação arrepie-me. E constatei naquele momento que as saudades que sentia eram muito maiores.
Imensas.
Guardo numa caixa o último frasco de perfume do meu pai...tem dias que vou lá, como se fosse proibido.
Às minhas escondidas.
Cheiro, fecho os olhos e sinto o colo, oiço a voz, forte e firme, vejo o rosto, meio sumido, mas sinto a presença.
Passaram-se vinte-e-um longos anos, mas nestes dias parece me que foi ontem.
Nestes dias em que tenho de ser mais forte, mais ou menos emotiva, mais ou menos eu, mais ou menos racional, revejo tudo de novo.
Vejo os rostos, observo as expressões detalhadamente, se não parecesse mal fotografava. Porque os momentos de enorme tristeza, de dor, de choro, de desespero são tão sentidas, fortes e genuínas como as de enorme alegria.
Isto porque, só podemos chorar de amor por alguém que amamos e nos amou.
É uma dor sentida.
Doí.
O desapego carnal, a presença, o estar, o saber que está, custa muito perder.
Deixar de ver parece nos sempre pior que deixar de sentir.
O corpo que vemos ir, de forma tradicional, num ritual de culto, de velar, de choro, de gemido é torturante, para quem vai...para quem fica.
A despedida é cruel. É dura.
Arrancam nos, rasgam nos a Alma, levam a cada pazada de terra que bate, partes do nosso coração.
Onomatopeias reais. 
Pum, catapum e o som rompe a Alma...arranca choro, dor, lágrimas.
E trazemos algo que queremos que seja só nosso como elo, como uma amarra ao que se foi.
O olfacto é poderoso. 
Juraria que hoje entre rajadas de vento senti o perfume do meu pai, estava ali...de braço dado comigo.
A cada rosa branca beijada e atirada, damos de nós, queremos acreditar que sim, alivia.
E depois os ciclos repetem-se. 
Regeneram.
Desde cedo que sinto a dor da perda, de ter de ser obrigada a deixar ir...até grávida tive de deixar ir o meu avô...e passados meses, depois desse ciclo fechado renasce outro, com o nascimento do meu filho no dia de aniversário da minha avó, da qual hoje, também tive de me despedir.
É este o ciclo.
É esta a viagem.
O caminho.
As paragens que nos abanam.
Que nos fazem pesar o que vale.
No que acreditamos e queremos para nós, e importante para o outro.
Para o semelhante.
Uma família de mulheres. Bravas, guerreiras, fortes, bonitas...e hoje quebraram-nos o elo. Hoje zanguei me. Hoje ralhei. 
Quero crer que nesta jornada, fazemos uma escala, para uma outra vida, outro caminho, outra luz, mas, a energia, Deus a energia eu sinto! Sinto a muito!
E, amanhã será mais um dia deste caminho, e os ciclos repetem-se, as vontades mudam, os valores crescem.
E dentro da minha perda, sinto paz, porque sei que tiveste uma vida cheia de amor, e muito carinho.
Muito amor, muito mimo, muito colo.
A energia paira aqui à minha volta, sinto-a...e hoje acendo te uma vela, para que tenhas luz, calor e amor.
Paz em ti, e feliz que estás fora da matéria com quem te esperava, não tenho dúvidas.
E hoje é o dia em que abro a caixa e inspiro de olhos fechados o perfume do meu pai...e recebo o abraço, e me sento ao seu colo, e ele me sussurra ao ouvido que está tudo bem, que está tudo bem e que eu sou forte, que precisam de mim...e hoje sei que choro ao teu colo encostada ao teu ombro e que não quero da lá sair...