segunda-feira, 30 de março de 2015

Post para Adultos

Afinal o que queremos?
Falo com amigas, falo com mulheres, resolvidas, trabalhadoras, lutadoras, mães ou não, mas mulheres capazes, Mulheres de bem com a vida, e oiço o mesmo de todas, procuramos um Amigo.

Vivi 18 anos numa relação da qual tenho a melhora dádiva, o meu G, a luz da minha vida, a minha maior preocupação, e o maior motivo dos meus cabelos brancos.

Uma relação que não acabou bem, numa relação onde deixou de haver partilha, deixou de se conversar, deixou de se amar, e assim de um dia (quase) para o outro se chega ao fim.

Penso que provavelmente nada dura para sempre, nada é efêmero.

Vivi, sofri e aprendi desses anos passados e tirei certezas que (vá) praticamente considero dogmas!

Jamais deixarei de me preocupar comigo em primeiro lugar, com o que eu quero, com o que eu gosto, com aquilo que me faz bem, com os objectivos que quero e que vou alcançando.

Jamais deixarei de estar, fazer ou ser aquilo que sou. 

Jamais abdicarei de uma amiga, de um café, de duas horas de telefone, de gargalhadas recheadas de amor e cumplicidade!

Jamais serei uma empregada de limpeza, uma cozinheira, empregada de escritório, estafeta, psicóloga, enfermeira, moça de recados, sem ser devidamente remunerada, com Amor! Com partilha!

Jamais permitirei que alguém esteja comigo e não me faça rir. Muito!

Que diga que me Ama!
Que me demostre mais do que me diz que me Ama, que vivemos em sintonia e partilha.
Que somos amigos e amantes na cama.

Queremos um amigo, que nos cuide, e queremos cuidar, queremos dar e receber Amor, dar e receber!
Dar e receber!
Mimos.
Fazer uma cama.
Cozinhar com paixão entre beijos e apalpões escondidos numa cozinha onde se dança.

Queremos quem nos ouça, quem tente entender.

Que respeite e se faça respeitar, que se dê ao respeito.

Que só tenha olhos para nós, mas que não seja ridículo de deixar de olhar para o que deve ser visto.

Que ame os nossos filhos e que nos cative com pequenos gestos de preocupação.

Que entenda a nossa profissão e não nos julgue por sermos e amarmos aquilo que fazemos.

E que nisto tudo nos arrebate beijos.
Que saiba tocarnos no corpo mas que nos dispa a Alma.
Que nos agarre de paixão.
Que seja precisamente aquilo que se exige de um homem, que nos dê prazer infinito, que nos faça revirar os olhos, arfar de impulso e querer aquilo e só aquilo, todos os dias, cada vez mais!

Que o Amigo seja companheiro, seja amor seja amante seja surpresa, e que a mulher seja louca, despida de preconceitos, boneca todos os dias e doce na entrega.
É isso!

Não queremos barrigudos. Cheios de vícios, manias e problemas de consciência, problemas mal resolvidos com anteriores relacionamentos, agarrados a garrafas de cerveja e a copos de whisky e que pararam no tempo, ainda ouvem Mafalda Veiga e pensam em tempos que passaram há séculos!

Eu quero cantar e dançar!
Quero ver o mundo.
Quero nadar nua num mar azul cristalino com temperaturas quentes!
Quero ler ainda mais...quero sonhar ainda mais!
Quero concertos!
Quero conhecer pessoas!
Provar e saborear iguarias.
Quero e vou.
Quero e sou!
Que a minha insustentável independência seja repleta de partilha por alguém genuíno, cheio de amor para dar, que me deixe voar, sem me prender que eu volto porque sei onde sou feliz!



domingo, 15 de março de 2015

|Querer de novo


Recomeçar implica sempre coragem. 
Paciência, e determinação.
Essencialmente vontade.
Vontade, que não sei se tenho. Se quero.
Recomeçar ou iniciar um percurso.
Iniciar um novo amor.
Devo começar por saber se quero um novo amor. 
Se tem lugar na minha vida.
Se existe disponibilidade.
Se tenho agenda para marcadores cor de rosa.
Todo um processo novo de reconhecimento de terreno.
O que gosto, o que não gosto, como gosto. 
Explicar tudo de novo.
Ensinar.
Referir.
Memorizar.
Sabes que gosto de branco.
Sabes não gosto que me toquem no rosto.
Sabes gosto de dormir sozinha e nem por isso te amo menos.
Sabes preciso do meu espaço.
Do meu tempo.
Do meu ar.
Preciso de risos que são o ar da minha Alma.
Preciso de liberdade.
Preciso de ser eu.
Sempre eu.
Todos os dias.
Não quero ser de mais ninguém.
Sou só minha.
Não quero que sejas meu.
Não quero alterações, esforços, não quero obrigações.
Quero leveza de amor, de espírito e da alma.
Partilha simples.
Não quero ter de explicar o que sinto.
Não quero explicar principalmente o que não sinto.
Seria fácil se nos lêssemos no olhar, num abraço, num beijo longo e quente.
Os beijos falam. 
Ensinam e dizem coisas importantes.
E eu, antes do beijo como te sei?
Como me sabes?
E o tempo passa. 
E a vontade parece me pouca. 
Quando queremos fazemos acontecer, quando não sabemos esperamos pelo tempo. 
Que siga caminho, e deixe espaço, para que possa fluir, aquilo que não sabemos que pode acontecer.
E eu não sei, sequer, se quero, que aconteça!
Voltas e mais voltas e a vida volta ao mesmo.
Voltas que dou e só me encontro em mim.
Em mim que sei como sou. Do que sou feita. 
Que não preciso de me explicar.
Sei me. 
Iniciar será mais fácil que recomeçar?
Recomeçar já leva aprendizagem,mas pode carregar notas negativas. Pensamentos inseguros. 
Amores desfeitos.
Querem te dar o mundo e não percebem que tu já o tens. 
O teu.
Não quero o mundo de ninguém.
O meu basta me.
É meu, e nele vejo o que amo.
Vive só quem quero. 
Respiramos do mesmo ar.
Preciso do mar. 
Ele sabe me.
Dá me respostas. 
Ouve me e nada me pergunta.
Não tenho vontade. 
Sabes, gosto do Sol.
Do quente.
Da areia.
De silêncio no mar.
E ter de explicar tudo de novo...não sei se consigo.
Não sei se quero.
Lê me só com o olhar pode ser?

quarta-feira, 11 de março de 2015

Tu cá tu lá ou 3ª pessoa!



"Olha lá, desde quando é que tu e o teu filho se tratam por você?!!!! "

Perguntaram me hoje.
Desde nunca. 
Pois eu e o meu filho não nos tratamos por você.

Acontece de forma descontraída. Sem obrigações. Sem marcas. Quando queremos.

Que fique claro que não acho que tratar ou ser tratado pelos filhos ou por quem quer que seja por "você", uma referência a pedantismo.
Cada um trata como acha que faz sentido. E não é o "tu" ou o "você" que dá ou tira respeito.

O G trata me na grande maioria das vezes por "tu" mas não tolero um TU expressivo, soa-me mal.
Não gosto. Ponto!

Quando se refere a mim sou "a mãe" é "a tia", "o pai" e por aí diante!

Quando quer alguma coisa (tem graça) sim, trata me na 3ª pessoa. Nunca o obriguei. Nunca achei que me respeitava mais ou menos por isso.

Somos cúmplices, dizemos disparates mas principalmente amamos-nos incondicionalmente.

Não tem a ver com pseudo "tias" do Restelo, ou de um apelido "do Espírito Santo Sá e Cunha", mas por que soa melhor.
Tenho imensas amigas e familiares que tratam ou se tratam por "você" nunca me fez confusão. Trato por tu, e por você e não deixo de ser a mesma pessoa! De dar o mesmo.

Sinceramente, este assunto não me incomoda, é me linear. 

Já o dar só um beijo, enerva me.
Gosto de beijos. Gosto de abraços.
Gosto do toque.
A um só beijo, quase prefiro um aperto de mão.

Não gosto de crianças mal educadas, por tu ou por você. 
Que berram. 
Que não sabem estar.
Que não pedem "por favor" e não sabem dizer "obrigada".
Que não sabem agradecer com um olhar.

Irritam-me os pais que educam mal educados. Frios e petulantes. Sejam tratados por tu ou por você.

Irrita-me ir jantar, e ter de ouvir berros, guinchos e birras quando tirei o dia ou a noite, abri a carteira para ter umas horas de sossego e degustação.

Sou mãe e nunca deixei que acontecesse.
Não sou, nunca fui, nem serei imune a miúdos mal educados e a pais com surdez selectiva.

Incomoda-me crianças que não gostam de animais.
Que não partilham.

Tratem lá as vossas crias como quiserem, fazendo parte ou não daquilo que acham correcto, mas principalmente ensinem a Amar e a ser grato. Todos os dias!